Marcos Ramon

Desenhando


Se existe algo que exerce um encanto natural pra quase todo mundo (quis escrever “pra todo mundo”, mas vai saber) é a habilidade manual. E talvez seja essa a fonte de maravilha que faz os olhos das pessoas brilharem diante de um sketchbook.

Esse post do My Modern Met mostra uma seleção de 15 sketchbooks incríveis. Claro que aqui existe uma seleção também de talentos incomuns. São cadernos de artistas (profissionais ou não) que sabem muito mais do apenas rabiscar. De qualquer forma, acho que parte da beleza que vemos nesses cadernos vem do fato de que podemos nos colocar como autores potenciais de coisas assim. Ainda que as pessoas tenham diferentes habilidades técnicas — e os estilos nos sketchbooks mostra muito bem isso — todos nós podemos desenhar, rabiscar, colar, construir. O que nos falta (o que me falta, melhor dizendo, pois não posso falar por você) talvez seja apenas a dedicação para insistir em busca do próprio tom, da própria linguagem.

Desenhamos desde de que somos crianças, mas pouco a pouco vamos deixando os papeis e lápis e tintas de lado por coisas mais práticas e funcionais. Não deveríamos. O que rabiscamos diz muito sobre nós, muito mesmo.

Do sketchbook de Wil Freborn

Marcos Ramon

Marcos Ramon

Professor no Instituto Federal de Brasília, pesquisando ensino, estética e cibercultura. Lattes | ORCID | Arquivo
comments powered by Disqus

Marcos Ramon / Professor de Filosofia, pesquisando estética e cibercultura.

Inscreva-se na newsletter para receber atualizações por email. 😉